‘Me sinto muito mais acolhido’, diz adolescente do Centro de Acolhimento de Arcos após melhorias

Educandos estão inseridos diretamente na educação, cultura, lazer e entretenimento. Ação melhorou integração social e auto-estima.

  • Por: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Arcos

“Me sinto muito mais acolhido”, disse uma das 20 crianças do Centro de Acolhimento de Arcos, após a chegada da nova administração municipal. Segundo ela, devido às mudanças ocorridas no ano de 2017, o desempenho na escola e a integração entre as crianças e adolescentes melhorou bastante. Um dos motivos foram as capacitações promovidas para as educadoras do centro, que agora tratam os educandos com mais atenção e carinho.

“Meu desempenho melhorou muito, estou mais disciplinado na escola e em casa, agora as cuidadoras nos dão mais atenção e uma pedagoga passou a ir a na nossa residência ajudar quem tinha dificuldade de aprender, ganhei roupas novas, a alimentação melhorou e agora podemos sair do Centro, fazemos vários passeios, vamos para restaurantes, comemos sanduíche, jogamos futebol, nadamos no poliesportivo. Hoje temos muitas atividades, agora estou feliz”, informou o aluno de 14 anos.

O centro de acolhimento, antes conhecido como abrigo, atende atualmente meninos e meninas de seis meses a 16 anos. No entanto, as residências são separadas. Conforme a educadora e assistente social, Poliana Carlos, hoje os acolhidos estão realmente inseridos na sociedade arcoense e possuem a liberdade para participar efetivamente de eventos, atividades esportivas, educacionais, lazer e de entretenimento da cidade.

Além da assistente social, quem também informou sobre a inserção dos acolhidos na sociedade foi o secretário de Integração Social, Sérgio Veloso, ele afirmou que ao iniciar os trabalhos nesta gestão foi feito um diagnóstico no Centro, e constatou-se ociosidade e dispersão das crianças. Foi através disso que elas começaram a participar de fato de projetos da cidade.

“Percebemos que as crianças estavam dispersas, que necessitavam de brincar, se divertir e praticar esportes. Contudo foi feito uma parceria com a Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo (Semcelt) e os educandos praticam natação, futsal, peteca e outros esportes. Além disso, recebem aulas de inglês, informática, reforço e estão sempre saindo da casa para se divertir em lanchonetes e pizzarias. O objetivo é realmente dar condições de qualidade de vida para essas crianças e adolescentes que são muito especiais para a gente e que em muitas vezes são vítimas de preconceito e desvalorização social”, disse. 

O secretário também completou informando que o centro de acolhimento está de braços abertos para pessoas e empresas que tenham interesse em ajudar as crianças com doações, acolhimento e em firmar parcerias para propiciar oportunidade aos jovens quanto à inserção no mercado de trabalho. “Quando os acolhidos completam 18 anos o centro não pode mais acolhê-los, então gostaria que os empresários dessem oportunidade para os jovens trabalhar, para que eles conquistem uma independência financeira. Juntos podemos traçar projetos para que os adolescentes do Centro saiam com chances de crescimento e sucesso”, finalizou.

Segundo Poliana, outro projeto que também incentiva a integração é o apadrinhamento realizado no local. Conforme ela, a ação promove atenção e carinho aos adolescentes que tem dificuldade remota de adoção e estimula os mesmos a estarem saindo para a casa de padrinhos, afim de eles terem uma referência familiar. Portanto, a importância da população em contribuir com o projeto e dar a oportunidade de todos viverem em família. 

Através destas ações os educandos têm melhorado comportamento, auto-estima e integração social.  Porém, além dos projetos de socialização do Centro de Acolhimento de Arcos, o que também melhorou de acordo com a assistente social foi a estrutura das casas de acolhimento.  “As duas casas estavam em situação precária, agora elas passaram por reformas, adquirimos móveis novos e as crianças têm mais estrutura, ganharam roupas, sapatos e kit de higiene pessoal. Além ainda dos profissionais que agora passam constantemente por cursos de capacitação e têm recebido maior reconhecimento no trabalho e incentivo, estamos indo trabalhar motivados, valorizados”, concluiu. 

Apadrinhamento afetivo e colaborativo

O projeto de apadrinhamento é uma das principais ações realizadas no Centro de Acolhimento, mas só é possível com o apoio e incentivo da população. Para participar do apadrinhamento afetivo é necessário se candidatar na instituição e a partir disso será feito uma avaliação técnica para análise do perfil da família e da criança e assim definir a melhor compatibilidade para ambos, contudo contribuir na formação do acolhido. Após o apadrinhamento o responsável passa a participar de fato da vida do afilhado. Ou seja, eles promovem visitas no Centro, ficam responsáveis pela vida escolar da criança ou adolescente e o acolhido passa a participar dos finais de semana da família e datas festivas. 

Já o apadrinhamento colaborativo é realizado em conjunto com os cidadãos de Arcos. Ou seja, os profissionais do Centro de Acolhimento abrem as portas para voluntários auxiliarem e promoverem atividades na instituição. Através do programa os educandos atualmente têm oportunidade de aprender inglês, informática, elétrica, crochê, pintura, natação e diversas outras atividades. Ainda uma profissional da educação promove duas vezes na semana, aulas de reforço para crianças com dificuldades de aprendizagem. Na instituição, há também o apadrinhamento colaborativo de uma igreja, no qual são realizadas atividades com as crianças nas quintas e domingos.

Conforme a coordenadora do Centro, Viviane Bernardes Teixeira, as crianças que ainda não são apadrinhadas também recebem muito carinho no local aos finais de semana. O objetivo é realmente tornar o local, a casa deles.  

“Nós fazemos uma programação especial para as crianças aos finais de semana, levamos os acolhidos para entreter em hamburguerias da cidade e a Prefeitura também tem dado muito apoio, como ocorreu neste ano, com a vinda do trem da alegria para a cidade, as crianças participaram e tiverem total acesso”, concluiu.

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