Quinta-Feira, 12 de dezembro de 2024
O terceiro e último Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2021 traz preocupações quanto ao índice obtido no munícipio. Realizado do dia 18 a 22 de outubro, a cidade de Arcos atingiu a marca de 7,1%. O preconizado pelo Ministério da Saúde é que o índice esteja menor que 1%, para que não haja risco de uma epidemia.
Tabela 1: Classificação de Índice ao Risco de Transmissão de Dengue, Zika vírus e febre Chikungunya
RISCO | REFERÊNCIA |
Baixo risco | (menor que 0,9%) |
Médio risco | (entre 1,0% e 3,9%) |
Alto risco | (acima de 3,9%) |
Ministério da Saúde
Houve redução em relação ao levamento de março, igualando-se ao mesmo índice de janeiro, porém o cenário ainda inspira cuidados e é preciso que a população ajude de forma cotidiana nas ações de combate e controle do vetor.
O Levantamento vistoriou 1161 imóveis entre residências, comércios, terrenos baldios, e, de acordo com os dados apresentados, um fator continua predominante: a grande parte dos focos está localizada nas residências, no intradomiciliar e no peridomiciliar.
Cerca de 80% dos focos são encontrados em locais habitados, onde teoricamente basta o morador aplicar as ações de prevenção para “quebrar” o ciclo evolutivo do mosquito.
Para o coordenador do Cento de Controle da Vigilância Ambiental de Arcos, Tiago Carvalho, a cada levantamento o cenário muda muito pouco. “O que vemos é que a cada LIRAa, os criadouros predominantes e a maior concentração dos focos se mantêm. A maior parte dos focos é encontrada nos domicílios e basta uma ação de prevenção do próprio morador para que possamos reduzir positivamente esses números e trazer segurança para a nossa população. Não tenho dúvidas que, com uma participação coletiva, somos capazes de reduzir esse índice e, assim, evitar uma epidemia. Iremos intensificar os trabalhos nas áreas com maiores indicadores e monitorar semanalmente os números de casos que venham a ser notificados”.
O Levantamento aponta dados que enfatizam bem o clamor do coordenador. O maior número de focos encontrados é em criadouros do tipo “B”. (Grupo B - Depósitos móveis - vasos / frascos com água, prato, garrafas, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais, materiais em depósitos de construção (sanitários estocados). Esses criadouros são depósitos móveis, de fácil remoção e/ou tratamento, eles representam 53,2% dos totais de criadouros encontrados no levantamento.
O alto índice coloca a cidade de Arcos em risco para uma possível epidemia. Desde 2009, o município registra alta incidência do vetor, resultando em altos números de notificações e óbitos.
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