Terça-Feira, 19 de novembro de 2024
O Setor de Epidemiologia da cidade de Arcos convocou a população, órgãos de imprensa, autoridades e instituições constituídas para apresentação dos números de mais um LIRAa (Levantamento Rápido de Índice para o Aedes Aegypti). O evento aconteceu na noite de quarta-feira, 22 de maio, no teatro da Casa de Cultura.
Os números expostos ainda inspiram muita atenção. O risco atual do LIRAa se apresenta em 3,8%, ainda sob a classificação de Médio Risco e Situação de Alerta. Em fevereiro deste mesmo ano havia tido uma baixa para (1,6%).
A coletiva foi aberta pelo prefeito Denílson Teixeira, que ratificou o comprometimento da Administração no combate à dengue desde 2017. O gestor ressaltou o esforço dos profissionais do setor responsável, e ainda confidenciou que está nos planos da prefeitura a criação de uma horta municipal, onde a população poderá trocar certos recipientes (ex: pets, latinhas, pneu, etc.) que servem de acúmulo e de água e de ambiente de proliferação do mosquito - por vegetais que fazem parte de uma cesta verde. “É mais uma forma que encontramos para fomentar esse trabalho de prevenção. Ao recolher esses materiais do quintal e trocá-los por hortaliças, a pessoa estará ao mesmo tempo combatendo a dengue e levando pra casa alimentos orgânicos”.
Houve nesse mesmo evento uma palestra muito elucidativa, conduzida pelo Senhor Magno Luís do Santos - Técnico da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis, que em linhas gerais elogiou as estratégias e os trabalhos de combate desenvolvidos em Arcos, mas chamou a atenção para o fato de que se não houver adesão da população, esses esforços se tornam impotentes e ineficazes. “A cidade de Arcos realmente enfrentou uma situação de epidemia de dengue nas primeiras semanas do ano. Com as medidas de combate ao mosquito - adotadas pela municipalidade - esses números de notificações têm caído. Outras ações, mesmo que corretivas, também foram exaltadas e tidas como exemplo para outras cidades, como foi o caso da criação do Centro de Hidratação no Hospital São José”, revelou.
Explicando o LIRAa de Maio
A cidade está dividida em 3 extratos (regiões) com características semelhantes. No Extrato 1, que abrange os Floresta, Pinheiros, Jardim América, Gameleira, Niterói, Cruzeiro, Esperança I e II, Novo Horizonte, São Francisco, Centro, Macedos, Nossa Senhora do Carmo, São José, São Pedro, Lourdes, Cidade Nova, Planalto, Planalto II, Eldorado, Novo Eldorado, Juca Dias e Jardim Bela Vista - o índice ficou em 5,1%. No Extrato 2 - Olaria, Alvorada, Nova Morada I e II, Vila Boa Vista, Buritis, Belvedere, Residencial Hilda Borges, Santo Antônio, Sol Nascente, Santa Cruz, São Vicente, Oliveiras, Sion, Novo Sion, Brasília, Mangabeiras, Esplanada, Jardim Esplanada II, Califórnia, Castelo e Distrito Industrial - o índice foi de 3%. E o Extrato 3 - Calcita, Santa Efigênia, Nossa Senhora Aparecida, São Judas, Juá e Jardim Canadá - o índice foi de 3,5%. O que totalizou a média de 3,8% para o município.
Esforço conjunto
Não é pelo motivo de estar fora do período chuvoso, que os cuidados e esforços, tanto da Administração Municipal quanto da população, devem cessar. A vigilância deve continuar sistêmica e em estado de alerta máximo, evitando focos e condições que favoreçam o aparecimento de criadouros do mosquito. “Qualquer descuido pode significar transtornos para a saúde pública de Arcos. A palavra de ordem nesse momento é a prevenção, e cada um deve fazer a sua parte nessa batalha contra a dengue”, evidencia o Responsável pelo Setor de Epidemiologia, Tiago Carvalho.
A Administração Municipal, através do setor epidemiológico, pretende ainda mobilizar todos os setores da sociedade através da reativação do Comitê de Combate à Dengue, Chikungunya e Zika. Criado em 09 de dezembro de 2015 no município, sob o slogan - ‘Dengue mata ou deixa sequelas: você pode ser o culpado ou a vítima pelo seu descuido’- o Comitê, embora constituído de presidência, membros da sociedade civil e do poder público, atualmente conta com o envolvimento somente de profissionais da Saúde. “A expectativa é que essa versão municipal intensifique a articulação de todos os setores e a organização das ações de combate ao vetor”, contou Tiago.
Focos em residências
É fundamental que a comunidade entre nesta luta de verdade, já que, de acordo com o levantamento, a maioria dos focos observados na cidade se encontra em imóveis habitados (90%). E os principais criadouros identificados foram vasos de planta, frascos com água, pratos, bebedouros de animais, materiais de construção, tanques, calhas, latinhas de cerveja, ralinhos e sanitários em desuso.
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